quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Casa comigo?


Meu vestido branco puro, balançava com o vento que vinha em minha direção... seu olhar estava quase sem expressão, porque o seu sorriso sempre diz tudo. A música tocava e eu quase não conseguia ouvi-la, estávamos tão nervosos. Havia folhas secas ao invés de tapetes, sempre gostamos dos ruídos que elas fazem quando são quebradas.
Em minhas mãos haviam aquelas tulipas vermelho-vibrantes que tanto demoramos para escolher. E 3 minutos se tornaram uma vida.
Pude lembrar de quando nos conhecemos, faz tanto tempo. Eu queria poder abraçar aquele mesmo garoto alto e magrelo. Que me fazia chorar de rir com suas piadas sem graça. E esbarrava em meu ombro todos os dias disfarçadamente.
Tantas brigas, tantas lágrimas... Quanto tempo nós perdemos?
“Apenas leve seu tempo, me segurando forte em qualquer lugar, em qualquer lugar, em qualquer lugar que você vá...”.

Bruna Berri

sábado, 6 de dezembro de 2008


Minha vida foi feita de vários inícios, poucos meios e muitos fins. A verdade é simples, não tenho saco para paixões. Hoje acordei com um imenso desejo de mandar você e seu amor para o inferno.

Bruna Berri

sábado, 8 de novembro de 2008


"Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofroantes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil delidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar .Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência."

Martha Medeiros

domingo, 2 de novembro de 2008

Me sinto livre então, de todos os fantasmas de meu passado. Todos os vultos confusos que pertubavam a minha mente. Estou focada apenas um destino, um romance. Chega de todos aqueles desvaneios e indecisões.
Está na hora de saber por quem eu quero ser levada da chuva para o sol, e por quem quero ser balançada em um balanço de cordas velhas e seguras. E eu sei.
"Chegou a hora de recomeçar, acreditar que pode ser melhor assim" 

Bruna Berri

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Aleluia, aleluia.

Quer saber? Cansei.
Cansei de esperar o príncipe sabendo que ele é o sapo. De idealizar um amor que nem ao menos é correspondido. Não nasci para correr atrás e muito menos para conquistar quem não dá a mínima para mim.
Cansei de suas palavras sempre iguais, de seu humor inconstante, de você só me querer quando você quiser e na hora que der vontade. Enjoei de você, quero gostar de outra pessoa.
E depois de um ano repetindo isso, dessa vez eu sei, estou falando sério.


Bruna Berri

quarta-feira, 1 de outubro de 2008


"Ninguém acredita na gente: nenhum cartomante, nenhum pai-de-santo, nenhuma terapeuta, nenhum parente, nenhum amigo, nenhum e-mail, nenhuma mensagem de texto, nenhum rastro, nenhuma reza, nenhuma fofoca e, principalmente (ou infelizmente): nem você".


Tati Bernardi

terça-feira, 30 de setembro de 2008


Estou agindo como se eu fosse uma adolescente boba, enlouquecida por uma paixão um tanto quanto platônica, que escrevesse recados de caneta cor-de-rosa no caderno dele, que o espiasse pela frestinha das persianas da janela, que medisse qualquer palavra, que mandasse beijos irônicos ao em vez de responder, que perdesse horas de seu dia imaginando como seria bom passar o resto da vida olhando os olhos dele todas as manhãs.
Como se.
Bruna Berri

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Todas congeladas, todas.


Congelei todas elas, junto com o envelope onde as guardei. Tenho o costume de guardar todas as coisas em envelopes, caixas. Deve ser pelo fato de eu ser esquecida tanto quanto Tom, – não sei se você o conhece – assim me permito relembrar melhor do meu passado.
Congelei todas elas, para não colocar fogo. Eu odeio aquelas flores que você me deu enquanto íamos felizes para casa, brincando pelas poças, arranhando pequenos galhos nos portões enferrujados.
Congelei todas elas, assim como congelei a sua imagem arrogante em mim. Aquela última lembrança, da última conversa nossa, últimas palavras, palavras desgraçadas que jamais deviam ter sido ditas.
Sinto falta do que você nunca foi.


Bruna Berri

Prazer, Bruna Berri.




Sou eclética, gosto de tudo um pouco. Sou contraditória, se você diz que é bonito, direi que é feio. Aparência importa, embora não signifique nada. Se estou feliz eu canto, se não estou eu canto também. Sou viajona, nada a comentar. Vivo 24 horas em busca do amor, se o encontro, fujo. Sou efusiva, sorriu demais, pulo demais, não paro quieta, e isso irrita. Sou esquecida, não me dê muitas responsabilidades. Sou antipática, não espere um sorriso meu. Sou curiosa, não me deixe na ansiedade. Sinto-me atraída pelo diferente, pessoas normais são enjoativas. Sou exigente, nada é suficiente. Gosto de ler, busco conhecimento sobre tudo e todos. Não acredito muito no amor, mas fico feliz por aqueles que amam. Prefiro o ódio à indiferença. Sou extremamente ciumenta, não demonstro. Sou boba, capaz de fazer loucuras por um segundo de insanidade. Ajo por impulso, não me pegue de surpresa. Fico sempre em cima do muro, sempre no meio termo. Muito morna, muito sem sal.Sou irônica, por favor, quebre todas as regras!

Bruna Berri

domingo, 14 de setembro de 2008


sinto dizer que amo mesmo, tá ruim pra disfarçar.

sábado, 6 de setembro de 2008

Engoli uma bola de pêlos. Doeu.


Engoli uma bola de pêlos e ela está entalada em minha garganta. Um grande nó nada macio. Já tomei água, comi pães, dei fortes tapas, rezei, já tentei de tudo, mas parece que nada vem se tornando suficiente para tirá-la de lá.
Já está comigo há tanto tempo que por certos segundos pensei que já havia me acostumado, mas tem vezes que cansa. E cansa muito.
Eu não sei quem a pôs ali, e nem quero saber. Só sei que quero que ela saia/suma rápido, antes que eu comece a vomitar todos os nós que ainda tenho reservado nos outros seres medíocres a minha volta –além de mim.


Bruna Berri

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Pedaços de sorte




Me flagrei procurando dentre diversos papéis e envelopes, aquele discreto contendo um escrito pequeninamente ao canto “nunca mais lembrar”. Abri. E lá estava ele, tão verde quanto nunca. Segurei ele cuidadosamente forte, não queria estragar. Eu só queria por alguns segundos lembrar do momento em que o ganhei. Você sorria como se estivesse me dando o mundo.Nem me lembro ao certo o que foi que eu pedi, nem sei ao certo se acredito em sorte. Você foi a minha sorte. Mas como todo momento bom, foi embora. Assim deixando apenas aquele frágil vegetal embrulhado em um envelope sem graça. Sabemos que ele era diferente, que ele jamais morreria, apodreceria ou secaria, só não sabemos o porquê. Você fala com aqueles enigmas confusos, achando graça de toda essa complexidade. Sei que um dia você irá me levar lá aonde tudo começou. É como uma promessa que ainda não foi comprida, uma nuvem negra que não despejou sua água, um arco-íris de cores neutras querendo sorrir para a vida.Era o nosso trevo, era a nossa sorte, era a nossa vida.

Bruna Berri

Está acontecendo de novo. Ele volta toda vez que penso que foi embora. E ele trás consigo meu sorriso. A única felicidade já encontrada. Tenho tanto medo de me perder de novo, e de novo, e de novo. Ele é o cara errado, sabemos disso. Mas afinal todos são errados mesmo, vale a pena investir naquele, no único que me tocou lá no fundo.
E não, eu não estou falando dele, nem do que veio antes. Estou falando do antigo, daquele que já havia aparentemente partido há muito tempo.
Ele que me fez feliz, que me fez sofrer, que fez que eu me sentisse a melhor e a pior das pessoas, que não aceitava as minhas idéias, que não é um amor de pessoa e nem ajuda idosos. Mas é sobre ele que eu escrevo, é ele que perturba minhas noites, que me fez as promessas mais imbecis, que me deixou e jura ter sido trocado.
Elas vão me matar ao ler isso, eu mesma estou querendo me matar.Fico trazendo histórias do passado por nada, e eu não devia.
Mas que se dane. Eu que sonho, eu que amo, eu que caio.

Bruna Berri

segunda-feira, 18 de agosto de 2008


Acabei superando a minha proposta de superação. Foi rápido. Assim como uma picada de cobra que me atingiu por completo. Deve ser contra todas as leis esquecer alguém assim. Não sei se nunca gostei, se não me faz falta ou se isso está me matando e não percebo.
Ontem faríamos 4 meses, pensei que me sentiria fraca, derrotada. Mas foi um domingo qualquer, indiferente.
Isso me pareceria cruel, mas hoje não, hoje eu não me deixarei derrotar por mais um denonimado amor que se foi!


Bruna Berri

sexta-feira, 15 de agosto de 2008


Eu olhava de 15 em 15 minutos o meu celular. Esperando uma mensagem, uma ligação, qualquer notícia dele, de que ele pudesse estar voltando. Mas nada, parece que todas as pessoas do mundo resolveram me telefonar, mas ele não. Dói saber que não vou mais falar com ele. Na verdade, eu poderia, mas sei que não devo. Olhar para ele é colocar o dedo na ferida. Querer voltar a um lugar que não existia mais. Cometemos erros demais, isso nos matou. Nosso modo individualistas de seguir a vida nos colocava frente a frente a cada pequena pedra no caminho, e em vez de retirá-la, brigávamos.
Vou esquecê-lo, isso é fato. Quando? Eu não sei. Espero que logo.


Bruna Berri

quarta-feira, 30 de julho de 2008


Estamos indo de mal a pior, não sei até quando vou aguentar. Tudo me soa meio falso, meio preto e branco. Como se eu estivesse vivendo uma grande mentira, onde todos - absolutamente todos - soubessem a verdade, e insistissem em escondê-la de mim.
Vou contar até 3, e esperar que a verdade venha até mim. Caso contrário, vou procurá-la no mais fundo baú antigo, no mais velho saco de entulhos esquecidos.

Bruna Berri

terça-feira, 29 de julho de 2008


Seres humanos são bobos. Falam muito mais do que fazem. Querem ser amados antes mesmo de amar. E é só no ultimo suspiro que percebemos o quanto erramos, o quanto podíamos ter feito diferente, quantos abraços deixamos de dar. Por que não brincamos com a nossa prima mais nova que insistiu tanto. Por que não enfrentamos grandes partes de nossos medos, e não dizemos o quanto amamos nossas irmãs, o quanto achamos nossa melhor amiga linda, ou até o quanto adoramos estar do lado que quem nos ama. Não, eu não fiz nada disso e persisto em colocar todos no meio. Mas é nas últimas batidas, no fim das pulsadas que percebemos o quanto fomos bobos em acreditarmos que seríamos eternos.

Bruna Berri

segunda-feira, 14 de julho de 2008


Nessa semana estaremos fazendo 3 meses e eu nunca escrevi nada sobre você, talvez porque não tive tempo, talvez porque estava sem criatividade ou até mesmo porque eu costumo escrever histórias tristes e você nunca me proporcionou tristeza o suficiente para eu escrever sobre ela. Uma falta de consideração minha talvez.
Mas hoje eu percebo que você está indo embora, está indo embora pelo simples fato de eu ter te deixado livre, livre até demais. Eu deixei a porta aberta o tempo todo, te fazendo ficar na dúvida o tempo todo. O quão forte você seria? Surpreendeu-me por inúmeros momentos.
Mas agora, que você está mais pra lá do que pra cá, me sinto fraca. Impotente demais para fazer você voltar e ser tudo o que era pra mim.
Cansou, desistiu, desgraçou. E entendo você.
Vou me esconder aqui agora, me esconder de você e de todas as coisas que estão entaladas em sua garganta. Eu sabia que chegaríamos a esse ponto e não procurei nenhum desvio, me sinto tão idiota. Fico jogando as coisas fora como se não tivessem importância pra mim.
Sinto-lhe dizer agora meu amor, que gosto de você de verdade. Sinto-lhe dizer agora meu amor que eu quero ficar junto a ti. Sinto-lhe dizer agora meu amor que parece ser tarde demais para dizer tudo isso.


Bruna Berri

quinta-feira, 12 de junho de 2008


O tempo se esgotou e você ficou pra trás. Foi à última vez que eu voltei, sabemos disso. Você sabe que eu não posso mais parar e te esperar.
Pulou de nosso trem e se perdeu dentre todos os outros vagões. Vagões quaisquer, sem nenhum significado ou importância. Foi tão difícil para nós conseguirmos te reencontrar, foi como perder uma borboleta no Alasca, ela iria para longe. Mas estávamos abalados e incompletos.
Mesmo sem poder voltar, eu parei. Parei e eles pararam comigo, ficamos esperando muito tempo por qualquer indício seu, qualquer pedaço de roupa laranja que surgisse ao meio de tanta poeira e indiferença. Te vimos de longe e ligamos os motores. Pensei que você correria ao nosso encontro e partiria conosco, mas não, você preferiu apenas olhar os segundos em que íamos ficando distantes.
Assim, te perdemos mais uma vez. Fiquei sabendo que você partiu com novas pessoas, novas histórias, páginas em branco. E sim, eu voltei. Voltei sozinha dessa vez, todos já haviam desistido de você. Voltei agora, pela última vez e com apenas duas escolhas a decidir.
E você se foi. Partiu. Nos deixou para sempre. Virou as costas, abaixou a cabeça e foi embora, humilhado por sua própria covardia.
Agora finge ter esquecido todo o seu passado, finge sentir falta. Cansei de suas mentiras, cansei de suas promessas. Apenas nos jogou fora, como se fossemos os culpados pela sua partida. É amigo, nosso tempo acabou, os tempos bons acabaram.
Agora te dou o meu adeus, para todo o sempre.


Bruna Berri

sexta-feira, 6 de junho de 2008


Você parece aquele velho ursinho, que toda criança tem. Ela o ganha, se apaixona, passa todos os dias da vida dela abraçadas com ele. Jura nunca o deixar, não o esquecer, não o abandonar. Iria ser eterno. Era um pedaço dela também, como se fosse uma pequena parte dos seus sentimentos transformada em matéria. Mas um dia ela chega em casa e não o encontra mais. Todos seus brinquedos desapareceram, você corre em busca deles, principalmente o seu velho ursinho quentinho. E sim, o pior aconteceu, eles foram embora em uma caixa velha e suja e foram dados a sua prima mais nova, mais bonita, cheia de vida. Você nunca mais os terá novamente e não poderá reconquistá-los. Assim, você se sente vazia, perdida, como se você tivesse amputada, de mãos atadas. Ele se foi, assim como todos os outros e você não poderá fazer nada para mudar isso, absolutamente nada, pois ele não pertence mais a você. Talvez não por sua livre vontade, mas não pertence mais. Você vai ter que aceitar e vai odiar todos os brinquedos que te lembram ele. Se tornou uma criança fria e amarga, assim como eu. Seja bem vindo.

Bruna Berri