Eu não entendia nada, nosso jogo era bem escondido. Não falávamos em grego, nem ao menos em latim, mas nossa linguagem era camuflada e enrolada. Não gostávamos de nos expor, mas estávamos tão próximos e tão distantes que isso nos mantinha unido. Eu sabia de tanta coisa, mas não sabia de nada. Como que poderia eu ter certeza? Às vezes penso que a certeza é a verdade, e a verdade não existe. Porque em algum instante, ele sempre acaba mentindo.
E as mentiras sempre me sufocam, sempre me fazem jogar tudo pro alto. Eram elas as donas de meu silêncio, de meu olhar incompreensível. E eu tinha medo que elas nunca acabassem, portanto a hora não chegaria. E ele nem fazia idéia do tempo que eu esperava pela hora certa. Ele não compreendia.
Mas não compreender, para mim, já é um bom sinal. O problema é quando não sentimos...
E as mentiras sempre me sufocam, sempre me fazem jogar tudo pro alto. Eram elas as donas de meu silêncio, de meu olhar incompreensível. E eu tinha medo que elas nunca acabassem, portanto a hora não chegaria. E ele nem fazia idéia do tempo que eu esperava pela hora certa. Ele não compreendia.
Mas não compreender, para mim, já é um bom sinal. O problema é quando não sentimos...
Bruna Berri