domingo, 26 de julho de 2009


"Milhões de vasos sem nenhuma flor."

domingo, 19 de julho de 2009

Incompreendida


Não, não é que gostasse pouco ou que quisesse esquecê-lo, pelo contrário. Gostava demais. Gostava tanto que aquilo lhe tirava o fôlego, aquilo lhe roubava todos os pensamentos do dia. Todo aquele desespero, toda aquela dor haviam apodrecido. Agora dor só sentia de saudades.


Bruna Berri

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Inativa


Eu te mataria todas as noites quando roubas o meu sono, quando roubas os meus sonhos. Destruiria todas as lembranças que me levam ao telhado no inverno. Acabaria com todo esse desconforto que sinto quando estou sozinha. Eu te cortaria em pedaços, mas em fragmentos tão pequenos que nem o diabo te reconheceria. Fingiria mil defeitos, fingiria mil sorrisos.
Eu te mataria todas as vezes que me sinto inofensiva. Te moeria a cada lágrima que eu derramasse. Te perderia todas as vezes que a distância nos vencesse. Te esqueceria só para lembrar mais de mim. Só para ter certeza que há pessoas que não se apagam, só para certificar o quão tola eu seria ao fracassar em todas as tentativas de te tirar de mim.


Bruna Berri

terça-feira, 14 de julho de 2009


Encontrei o que me faltava: era você, sempre você.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Devo ser.



Sou o silêncio perturbado, a penumbra constante, utopia de voltar. Sou o olhar transparente, o sorriso cansado, perfume solto no ar. Não encosta em mim esse gelo todo, não me deixa esfriar. Tenho ânsia de viver, não me deixa esperar. Sou o lado impulsivo, lado esquisito, lado sombrio. Sou a confusão incompreendida, a loucura da vida, o reflexo vazio. Sou a ausência presente. Insegurança carente. Sou o passar distraído, o gosto amargo do frio, o sentimento escondido. Sou a imagem contorcida, a história incompleta, o beijo de despedida.
Sou o tudo, sou o nada. Sou? Quero ser. Sou o encontro esquecido, o pedido de atenção.
Não me perca. Não se vá. Fique mais um pouco nesse sonho rouco de amar na solidão.


Bruna Berri

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Ele toca.


Eram quase 3 horas, mas dessa vez quem pensava era ela.
Ah, vai, não pára de ligar. Ela esperava tanto por isso, ela gostava tanto que não sabia nem demonstrar - sabemos bem que demonstrar não é seu ponto forte.
Mas o que é que você tinha que a fazia sorrir tanto? Só Deus sabe. Porque ela queria tentar entender, mas era o seu jeito inexplicável de ser que a encantava.
Ah, vai, conta mais uma piada que ela sempre pára para ouvir. Ela sempre pára ao ouvir seu nome, ao tocar o telefone. E coração, não tenha dúvidas, ela também anda sentindo sua falta.
Mas esse era o nosso segredo.

Bruna Berri