sexta-feira, 10 de junho de 2011


6:15h da manhã. Florianópolis, 09 de junho de 2011.

Frio, o dia ainda era noite, talvez o sol tenha ficado com preguiça de subir o morro, entendo-o completamente. Conto até três para tirar o pijama o mais rápido possível e entrar no chuveiro que vaporiza meu espelho. Nossa, como é bom sentir a água que quase queima a pele escorrer entre os fios de cabelo nas costas e pés – que aprontaram-se a ficar vermelhos. Senhores deuses que perdoem pelos quinze minutos atrás que desejei estar em todos os lugares onde não precisasse acordar. É mentira e peço desculpas às pessoas do mundo por minha atitude insolente. Agradeço ao mundo, ao sol, à lua, à deus – ou seja lá qual for o nome, pois não importa -, aos meus pais e país pela vida que tenho. Agradeço pelo alimento que nunca me faltou, às oportunidades cotidianas, ao cobertor que me aquece, por ter amigos e um amor que me acolhe. É claro que às vezes há uma dor no peito que não há comida ou cobertor que conforte, mas diante de todas as dores do mundo, fico contente que estas sejam as minhas.

Bruna Berri

2 comentários:

Monique Burigo Marin disse...

Que bonito isso, Bruna!
Saudades de ler - e de ouvir - tuas memórias.

* Dé * disse...

Ai que coisa mais linda isso Bruna!
Amei.
Tu e tua sensibilidade e lindeza sem tamanho!
Te gosto demais!
Um beijo