segunda-feira, 14 de julho de 2008


Nessa semana estaremos fazendo 3 meses e eu nunca escrevi nada sobre você, talvez porque não tive tempo, talvez porque estava sem criatividade ou até mesmo porque eu costumo escrever histórias tristes e você nunca me proporcionou tristeza o suficiente para eu escrever sobre ela. Uma falta de consideração minha talvez.
Mas hoje eu percebo que você está indo embora, está indo embora pelo simples fato de eu ter te deixado livre, livre até demais. Eu deixei a porta aberta o tempo todo, te fazendo ficar na dúvida o tempo todo. O quão forte você seria? Surpreendeu-me por inúmeros momentos.
Mas agora, que você está mais pra lá do que pra cá, me sinto fraca. Impotente demais para fazer você voltar e ser tudo o que era pra mim.
Cansou, desistiu, desgraçou. E entendo você.
Vou me esconder aqui agora, me esconder de você e de todas as coisas que estão entaladas em sua garganta. Eu sabia que chegaríamos a esse ponto e não procurei nenhum desvio, me sinto tão idiota. Fico jogando as coisas fora como se não tivessem importância pra mim.
Sinto-lhe dizer agora meu amor, que gosto de você de verdade. Sinto-lhe dizer agora meu amor que eu quero ficar junto a ti. Sinto-lhe dizer agora meu amor que parece ser tarde demais para dizer tudo isso.


Bruna Berri

2 comentários:

●๋• Dannn ✿ disse...

Prioridades! Já pensou sobre isso? Tudo em nossa vida, são prioridades. "Ah! não tem como sair, estou em uma correria"... de repente, um show que você sempre que ir aparece em meio a essa semana que você dizia estar cheia, então você arruma tempo, e entra a famosa PRIORIDADE, pessoas são prioridades, lugares, e tantas outras coisas, basta pensar sobre isso, você dá prioridade para seus amores, amigos? Dão prioridades para você? Pensar assim, me levou ao extremo simples e belo, hoje não forço nada mais, me quer? Vamos, se una ao meu corpo, não quer? Tudo bem, vou chorar, mas logo secará.

Qual sua prioridade hoje?

Bruna!

Anônimo disse...

enquanto lia o post, visualizei uma cena engraçada:

um "peixinho" (ou ao menos eu acho que o que esta escrito aqui tem a ver com "peixes"...) em um aquario. se achando o dono da agua e do oxigenio. da comida e todos os elementos que preenchem o ambiente.

um peixinho cansado de nadar e ver sempre os mesmos quatro cantos, os vidros transparentes que lhe garantiam calor, carinho e paz. ele queria mais, queria algo diferente.

eis que as paredes do aquario se rompem e de alguma forma (que eu nao consegui pensar) ele acaba indo parar em um lago. um lugar maior.

la, se sente sozinho, mas eh tarde demais para voltar. sem chances para ele. sem chances de o aquario o querer devolta.

e, assim, o aquario antes triste e incompreendido, agora flui com a esperança de novos peixes - que, de preferencia, saibam da-lo maior valor.

:D