
"Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva. Você rasga devagar o seu pulso com as unhas para que eu possa beber. Mas um dia será demasiado esforço, excessiva dor, e você esquecerá como se esquece um compromisso sem muita importância. Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto."
Caio Fernando Abreu
2 comentários:
É por isso que "eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida."
Está bem, não precisa, necessariamente, ser tranquilo. rs
Beijos, Bruna.
ps: Você se parece com uma menina que conheci. rs
Medo de ser esquecido, medo que nosso amor seja superado. Quem não tem? E caio descreve isso de forma magnífica...
Beeijos!
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