terça-feira, 7 de abril de 2009

Manicômio ilusionário


Estou triste, mas sempre estou triste. Sempre no mesmo quarto branco sem janelas, apenas com uma porta camuflada e sem fechadura. Quisera eu matar todos os olhares indiferentes refletidos na parede nua. Quisera eu matar meus sonhos aos bater minha cabeça na parede, mas era tudo muito macio.
Me sentia mordida, ferida, bagunçada. Presa aos meus próprios conflitos. Justo eu que sempre fui tão decidida, que sempre fui tão convicta. Eu estava duvidando de mim, da minha capacidade de continuar. E eu realmente precisava partir. Mas não havia mais nada além de mim. E para querer o novo, era necessário abandonar o velho.
E hoje era o dia.

Bruna Berri