quarta-feira, 20 de maio de 2009

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Eu adoro a maneira que ele sorri e o jeito como se veste. Adoro o seu olhar observando o meu discretamente. Mas sem dúvidas, eu o adoro porque é inatingível.
Porque eu nunca vou poder saber se está tudo bem, se sua avó é saudável. Não vou cumprimentá-lo ao reconhecê-lo na rua, apenas olhar para trás quando já estiver distante. Não vou descobrir se ele prefere morango ou uvas, nem a sua cor preferida. Não vou abraçá-lo em seu aniversário. Proibido para mim.
Mas às vezes eu sonho, e quando sonho o improvável acontece. E se o improvável acontece, o inatingível brota em minhas mãos.

Bruna Berri

4 comentários:

H L disse...

que lindo bruna...
engraçado como mesmo quando a gente acha que algo é inatingível sempre surge uma ponta de esperança de algum lugar!

adorei!

.

Phalador disse...

Poxa!!

Faça assim! Quando ele passar na rua por você, pare-o!

Pergunte como está a vó dele, qual fruta ele gosta, a cor preferida, não perca tempo, nossa estadia aqui é curta, faça o que tiver que fazer e seja feliz!!

bjs!

Phalador disse...

então!

o "não entender os outros" faz parte da individualidade dele!

deve ser assim q as coisas aconteceram..rs.

Felipe Braga disse...

Lindo mesmo! Transbordando sentimentos. Amei seu texto, parabéns!